Palavras que não saem do meu pensamento...

"Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...

Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

domingo, 31 de janeiro de 2010

Do it!



Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...


Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...


Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...


Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...


Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...


Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...


Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...


Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta...

(Letra de Lenine; Imagem retirada de: http://www.portalsuper.com.br/fotos/engracadas/fotos-engracadas-parte-3/ )

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sobre o esforço e o mérito de cada um


Hoje recebi um e-mail que mostrava imagens chocantes de nativos da Costa Rica recolhendo ovos das tartarugas. Ovos estes que haviam sido postos naquele momento. Quanta crueldade... Com as tartarugas ainda ali, pondo seus ovos, eles vão os recolhendo em sacos e sacos, para vender...
As tartarugas, em sua inocência, acham que estão dando continuidade à espécie...

Quem me conhece sabe o quanto me importo com a questão ambiental. Sou incapaz de jogar um papel de bala no chão, onde quer que eu esteja. Guardo lixo no carro e na bolsa até chegar em casa. Evito o desperdício de água, aproveitando o que a máquina de lavar roupas solta para lavar a garagem. Escovo os dentes e lavo louça usando o mínimo de água que consigo. Tenho uma sacola retornável de lona e trago minhas compras do mercado em caixas de papelão, para evitar o uso de sacolas plásticas. Faço o que consigo (mas não desisto) para que meus alunos compreendam porque não devem jogar lixo no chão, gastar água à toa e separar o lixo reciclável (ah, isso eu faço também!).

Então, quando vejo uma crueldade contra a natureza, nossa Terra-Mãe, fico indignada. Ainda não estou acostumada à ideia de que nem todos são como eu...

Fico imaginando de quê adianta o meu esforço, a minha preocupação, todas as minhas atitudes em favor do meio ambiente, se a maioria das pessoas não se importa... De quê adianta eu não pegar sacolas plásticas no mercado se há pessoas que matam animais por crueldade, se há gente (gente? ser pensante???) que joga lixo em qualquer lugar, que constroi em qualquer lugar, que ateia fogo no mato, enfim, que só age contra o que eu acredito???
 Depois, quando a Natureza dá o troco (e ela sempre dá!), quando desbarranca tudo, quando morre gente soterrada, quando tem enchente (chove há 36 dias na grande São Paulo!!!!!!!!), colocam a culpa no governo... Claro que o governo tem sua parcela de culpa, mas eu não penso política, eu penso poesia, penso educação, então não vou entrar nesse assunto, mas ninguém pensa nas consequências quando está amontoando lixo e casebres de restos de qualquer coisa nessa cidade imensa que é São Paulo... Ninguém pensa no que vem depois... Quando acordam, a água suja (que eles mesmos emporcalharam) está levando tudo: "tudo o que a gente levou anos pra conseguir", sofá, geladeira, a vida das crianças... Coitadas das crianças, pagam um preço altíssimo pela ignorância daqueles que deviam guiá-las pelo caminho correto...

Então, acabei de me dar conta, refletindo sobre tudo isso, que vale a pena eu continuar agindo da mesma maneira... Porque tem gente que tem a missão de guiar, e não foi à toa que escolhi ser professora. Vou continuar me preocupando com a natureza e com a preservação, e vou tentar convencer muitas pessoas do quanto isso é importante.

Porque, no final das contas, é entre a gente e Deus, e não entre a gente e os outros (como nos ensinou Madre Tereza de Calcutá)... E Ele sabe que estou fazendo a minha parte!

(Imagem de Greg/ DP sobre foto de Helder Tavares/ DP/ D.A. Press, retirada de

sábado, 16 de janeiro de 2010

Para nós, mamães... papais... e para os que pretendem ser um dia...

Texto de Affonso Romano de Sant'Anna, recebido há anos por e-mail... Texto que eu adoro e com o qual eu concordo plenamente. Meu filho tem apenas três anos, mas tenho sobrinha mais velha (Luísa, minha flor...) e vivo a experiência de ver as crianças crescendo com os meus alunos...


Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independente de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente.

Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura. Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?

Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do Maternal?

A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça! Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos. Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros. Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.

Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.

No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim. Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.

Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que nem sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes". Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível.

O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.

Aprendemos a ser filhos depois que somos pais. Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...

A águia e uma bela lição de amor...

        Não sei quem é o autor deste texto. Eu o recebi uma vez de uma coordenadora, como homenagem ao dia do professor, e transcrevo-o agora, com grifos meus.



A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beira do ninho. Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cotucões.
"Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?", ela pensou.
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes.
"E se justamente agora isto não funcionar?", ela pensou.
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final: o empurrão.
A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não decobrirem suas asas, não haverá propósito para sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar, não compreenderão o privilégio que é nascer águia.
O empurrão era o menor presente que ela poderia oferecer-lhes.
Era seu supremo ato de amor.
Então, um a um ela os precipitou para o abismo...
E eles voaram!
Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel da águia, são elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.
Que tenhamos todos coragem de "empurrar" nossas crianças (filhos, alunos, sobrinhos...) para uma aprendizagem que lhes dê asas!!!

Beijinhos no coração!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A cigarra canta...



No meio da tarde
um canto tristonho
corta o silêncio
 e atrapalha meu sono...

A cigarra canta
seu grito sem fim
como se já soubesse
que ele dói em mim...

Ah, cigarra,
vá embora...
Deixa-me em paz,
Teu canto me apavora!

Não gosto de cigarras,
confesso: nunca gostei.
Pelo menos agora,
uma homenagem (tola)
a elas eu dei...
Rsrsrsrsrsrs


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Abraçando a imperfeição

Recebi esse texto por e-mail, desconheço a autoria. Gostaria de compartilhá-lo com vocês, pois traz em si reflexões de como levamos a vida, ou como deveríamos levá-la...





Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.


Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:


" Baby, eu adoro torrada queimada."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:


"Companheiro, sua mãe teve hoje um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou um melhor empregado, ou cozinheiro!"


O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.


Essa é a minha oração para você, hoje. Que possa aprender a levar o bem, o mal, as partes feias de sua vida colocando-as aos pés do Espírito Santo. Porque afinal, Ele é o único que poderá lhe dar um relacionamento no qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor."


De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, e com amigos.

Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração Dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.


As pessoas certamente esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse.
Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as acolheu e valorizou.

(Imagem retirada de http://pensamentoseolhares.blogspot.com/2009_09_01_archive.html )

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cuidemos da natureza




















O que vão dizer nossos filhos,

Quando estiverem crescidos,
Da falta da água doce,
Da falta do chão pra plantar,
Da falta de ar limpo
Que tivermos deixado para eles?



Eles reclamarão da nossa falta:
Falta de responsabilidade,
De compaixão, de civilidade,
Da falta de sustentabilidade,
De não termos pensado neles
Enquanto ainda era possível...




E aí já não vão poder fazer mais nada
A não ser reclamar...
O tempo terá acabado!

Faz de conta...



Faz de conta uma casinha.

A cor dela pouco importa,
Mas o que eu queria mesmo
É que tivesse uma janela branca
E um jardim em frente à porta.


E todo dia de manhã
Eu abria as janelas
Deixava entrar a brisa fresca
E sentia o cheiro molhado
Que vinha dar bom-dia
Entrando através delas...


E defronte a essa janela
Uma árvore de tronco retorcido
E uma verde copa frondosa
Fazia sombra pros pique-niques
E segurava um balanço
Pros pequenos de tempo esquecido.


Ao fundo tinha um riacho
De águas muito tranquilas,
Onde pedrinhas redondas
Rolavam de um lado pro outro,
Nadando co´as folhas caídas
Do bosque de flores lilás.

Do outro lado da casa,
Ainda no faz de conta,
Um campo de girassóis
A testemunhar a passagem do tempo.
Girando, olhando pro sol,
Como criança, que acaba ficando tonta...


Na varanda, uma rede
Gostosa, pra espreguiçar
E todo dia, com meu amado,
Olhar as estrelas brilhando
E em seus braços me aconchegar.


E as crianças cresciam livres
Sem tempo, sem obrigação...
É uma pena que tudo isso
Só seja possível (por enquanto!)
Na minha imaginação.

(Imagem retirada do blog http://acordachita.blogspot.com/2008/12/ano-novo-na-janela.html , cujo poema relacionado é lindo!)

sábado, 2 de janeiro de 2010

Desejo (Victor Hugo)



Desejo primeiro que você ame,

E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.


Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.


E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.


Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.


Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga “Isso é meu”,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.



(Imagem de http://blig.ig.com.br/pizzi/files/2009/12/ano-novo-2009.jpg )