Faz de conta uma casinha.
A cor dela pouco importa,
Mas o que eu queria mesmo
É que tivesse uma janela branca
E um jardim em frente à porta.
E todo dia de manhã
Eu abria as janelas
Deixava entrar a brisa fresca
E sentia o cheiro molhado
Que vinha dar bom-dia
Entrando através delas...
E defronte a essa janela
Uma árvore de tronco retorcido
E uma verde copa frondosa
Fazia sombra pros pique-niques
E segurava um balanço
Pros pequenos de tempo esquecido.
Ao fundo tinha um riacho
De águas muito tranquilas,
Onde pedrinhas redondas
Rolavam de um lado pro outro,
Nadando co´as folhas caídas
Do bosque de flores lilás.
Do outro lado da casa,
Ainda no faz de conta,
Um campo de girassóis
A testemunhar a passagem do tempo.
Girando, olhando pro sol,
Como criança, que acaba ficando tonta...
Na varanda, uma rede
Gostosa, pra espreguiçar
E todo dia, com meu amado,
Olhar as estrelas brilhando
E em seus braços me aconchegar.
E as crianças cresciam livres
Sem tempo, sem obrigação...
É uma pena que tudo isso
Só seja possível (por enquanto!)
Na minha imaginação.
(Imagem retirada do blog http://acordachita.blogspot.com/2008/12/ano-novo-na-janela.html , cujo poema relacionado é lindo!)
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