Palavras que não saem do meu pensamento...

"Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...

Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Outra vez Natal... Que bom!





Mais uma vez chegou o Natal. Muitas pessoas não gostam desta data - pela melancolia, pela lembrança de pessoas queridas que já moram entre as estrelas, pelo consumismo exagerado que a data sugere...
Eu não. Eu adoro Natal! Para mim, o Natal é a celebração da vida. Nem tanto pelo sentido religioso, mas pela mudança que esta data trouxe à minha vida há quase três anos...

Eu jamais poderia imaginar que meu filho viesse ao mundo numa manhã de Natal. Fazendo juz ao seu nome, meu Mateus nasceu no dia 25/12/2006, às 11h25. Que outro presente de Natal (ou dádiva de Deus) poderia me fazer mais feliz??? Descontados o médico que ficou sem almoço de Natal com a família e o fato de que quase que a minha família teve seu almoço de Natal no hospital, foi tudo só alegria!!!

Assim, pensando na pergunta que o selinho (presente de minha amiga-do-coração Malu me enviou) sugere, resolvi dissertar...

Neste Natal, desejo que daqui pra frente haja muita saúde, união, paz, alegrias, prosperidade. Que a humanidade desenvolva a consciência ecológica, o amor pela Terra-Mãe Gaia, o respeito por esse organismo vivo tão maravilhoso que nos manteve até aqui e que luta para manter-se (e a nós!). Que haja paz entre as raças e os credos do mundo. Que as famílias se unam em prol da educação de seus filhos. Que o dinheiro possa nos servir e não o contrário. Que haja gratidão pelo que temos e aceitação pelo que somos.

Desejo que haja alimento em todas as mesas, água em todas as casas, chuva e sol na medida em todas as plantações, amor nos corações. Que cada "panela velha" encontre sua "tampa torta", e que cada amante possa manter viva sua chama pelo ser amado. Que haja perdão entre as pessoas e que Deus tenha piedade de nós.

Desejo a você, meu filho Mateus, Anjo de Luz que Deus me mandou, muita saúde, e tenha a certeza de que minha preocupação é deixar para você um mundo melhor, pois tenho certeza de que você é uma pessoa melhor que estou deixando neste mundo.

Aqui, enfim, encerro meus votos natalinos... Paz, amor, respeito, perdão.
Feliz Natal!
Feliz 2010!!!

("É tudo novo de novo! Vamos mergulhar do alto onde subimos!!!
(...) Vamos terminar inventando uma nova canção,
nem que seja uma outra versão" - Paulinho Moska)


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O guardador de rebanhos



(Alberto Caeiro, 1911)
I Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se ao meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes (...)

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.

E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.

Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outreiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias,
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.

Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me veem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outreiro.
Saúdo-os e desejo-lhes o sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural -
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.

II O meu olhar é nítido como um girassol
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que antes eu nunca tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...

(...)
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
(...)

V (...)
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

(...)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e o sol e o luar
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhes flores e árvores e montes e sol e luar,
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o reconheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?)
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhes luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda hora."

(Imagem: http://fotosfr.blogs.sapo.pt/arquivo/por-do-sol-bl.JPG)

"Um violeiro toca..."



Quando uma estrela cai
No escurão da noite
E um violeiro toca suas mágoas
Então os "óio" dos bicho
Vão ficando iluminados
Rebrilham neles estrelas
De um sertão enluarado...

Quando o amor termina
Perdido numa esquina
E um violeiro toca sua sina
Então os "óio" dos bichos
Vão ficando entristecidos,
Rebrilham neles lembranças
Dos amores esquecidos...

Quando o amor começa,
Nossa alegria chama,
E um violeiro toca em nossa cama...
Então os "óio" dos bichos
São os olhos de quem ama,
Pois a natureza é isso,
Sem medo, nem dó, nem drama...

Tudo é sertão,
Tudo é paixão
Se um violeiro toca...

A viola, o violeiro e o amor
se tocam...

(Letra de Almir Sater e Renato Teixeira. Imagem de http://www.sorria.com.br/)


Sentidos...



Não quero seu sorriso,
Quero sua boca no meu rosto,
Sorrindo pra mim.

Não quero seus olhares,
Quero seus cílios nos meus olhos,
Piscando pra mim...


Não quero seu suor,
Quero os seus poros na minha pele,
Explodindo de calor...



Transfere pro meu corpo
Seus sentidos, pra eu sentir
A sua dor, o seu gemido,
E entender porque quero você...

(Zélia Duncan e Christian Oyens)

sábado, 14 de novembro de 2009

Selinhos de presente...


Em setembro recebi de minha amiga Malu (http://tudoepossivel-infinitoparticular.blogspot.com/ ) este selinho. Ela me ofereceu com carinho, mas na correria insana do dia-a-dia, esqueci de passar lá para pegá-lo...
Obrigada, Malu querida, por tanto mimo...
Gostaria de me dedicar mais ao meu blog, escrever mais... Até que enfim as férias estão chegando!!!

Como esse, recebi dela também o selinho que segue:


Que coisa feia de se dizer, mas estou cansada hoje... Naõ sei se tenho inspiração pra escrever, mas só pra continuar a brincadeira:
Audição - é melhor do que não ouvir;
Paladar - que o doce sempre sobressaia ao amargo;
Olfato - o cheiro das pessoas que amo (meu filho, meu marido, meus pais, minhas avós - saudade!);
Tato - o toque intenso e cheio de amor;
Visão - ver tudo, olhar tudo, descartar o que não presta e guardar na memória só o que faz bem.

Ofereço esses dois selos ao blog genial de minha irmãzinha, Renata.
Beijocas!!!


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Que se danem os nós...


Vim gastando meus sapatos,
Me livrando de alguns pesos,
Perdoando meus enganos,
Desfazendo minhas malas...
Talvez assim chegar mais perto...

Vim, achei que eu me acompanhava,
e ficava confiante
Outra hora era o nada,
A vida presa num barbante...
E eu quem dava o nó!

Eu lembrava de nós dois,
mas já cansava de esperar,
e tão só eu me sentia,
e segui a procurar
esse algo, alguma coisa, alguém,
que fosse me acompanhar...

Se há alguém no ar,
responda se eu chamar!
Alguém gritou meu nome
ou eu quis escutar?

Vem, eu sei que tá tão perto,
então por que não me responde,
se também tuas esperas te levaram pra bem longe?
(É longe esse lugar...)

Vem, nunca é tarde ou distante
pra te contar os meus segredos,
A vida solta num instante
Tenho coragem, tenho medo, sim...
Que se danem os nós!!!

(música de Ana Carolina e Totonho Villeroy)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

(Re) Encantamento. Ou não.



Participei hoje do primeiro dia do Congresso Internacional sobre Formação de Professores - (Re) Encantamento da Escola, Admiração, Confiança e Prazer na Aprendizagem.



Preciso dizer que termieni meu dia muito feliz, por vários motivos.


O primeiro deles foi porque reencontrei muitas pessoas queridas, que há tempos não via. Saudades!


O segundo foi porque em dias como este, nós entramos em contato com pessoas que, assim como nós, amam o que fazem. Tivemos a honra de ouvir seres humanos maravilhosos como Celso Antunes, Tereza Penna Firme, Nilbo Nogueira, Emília Cipriano e Max Haetinger. Maravilhosos como profissionais, grandes em sua sabedoria, que nos transmitem, além de conhecimento, energia positiva, e que transbordam amor por aquilo que fazem.


Por diversas vezes rimos com eles. Por diversas vezes nos emocionamos e choramos. Nos divertimos, cantamos, daçamos, aprendemos, refletimos. Que dia gostoso! Como pode um dia de Congresso, num pavilhão do Parque da Uva de Jundiaí, com um calor "daqueles", ser gostoso?


Nós amamos o que fazemos, e isto basta. Precisamos de momentos como este para reacender a chama, recarregar a bateria, reencantarmo-nos.


Reencantarmo-nos principalmente por esta tarefa difícil, porém fantástica, de educar. Por diversos momentos, neste maravilhoso dia, senti-me como uma criança que senta-se no chão, "perninhas de índio", boquiaberta, e fica olhando fixa o professor, prestando atenção naquela história que ele conta. Identificando-me a todo momento com a princesa do conto de fadas.


Os professores que tivemos hoje são dignos de respeito e de muitos aplausos, principalmente por terem a capacidade (fenomenal, eu diria) de dizer tanto com tão poucas palavras.


Há, claro, quem não gostou. Sempre há. A estes profissionais que não se interessam, que (des)aproveitam dias como este para fofocar, que "chegam já indo embora", como nos falou Emília Cipriano, que não sentem vontade de aperfeiçoar sua prática e, principalmente, que não acreditam que podem melhorar o que fazem, damos o nome de "professauros". Não tem nada a ver com idade, tem a ver com valores, compromisso.


Teria ainda tanto a escrever sobre coisas que aprendi, mas tenho medo de distorcer ou misturar as coisas, dada a minha euforia.


Para terminar, queria dizer que já me sinto diferente, com ideias borbulhando em minha mente, e que eu peço a Deus que não me deixe perder o ânimo, que eu seja capaz de ainda reencantar-me muitas vezes por esta profissão. Porque eu acredito que ser professor hoje é ter um compromisso com o futuro da humanidade e do Planeta, acima de tudo.


Obrigada, Senhor, por eu me identificar com estas almas iluminadas, e não com os "professauros"!
 
(Na foto, eu com Max Haetinger)

domingo, 4 de outubro de 2009

Filmes e desenhos animados


Hoje recebi em minha casa um casal de amigos, Renata e Ricardo, cujo filho acaba de completar um ano. O Mateus estava brincando com o Ricardo e quis mostrar a ele os carrinhos do McQueen e amigos, que ele ganhou junto com um par de chinelos.
O Ricardo não conhecia o McQueen... O Mateus falou: "O McQueen, do filme...", tentando explicar como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. E pra ele é.
Eu, brincando, comentei: "Como assim, você não sabe quem é o McQueen?", ao que ele me respondeu: "Ainda não". Nós rimos e eu segui:
"Pois é, daqui a pouco você vai não só saber quem é o McQueen, como saber todas as falas dele e conhecer todos os roncos do motor dele no filme..."
De fato, as crianças que gostam de assistir aos filmes infantis, que hoje têm muito a ensinar aos nossos pequenos, passam por fases, nas quais ficam "viciadas" em um determinado desenho. O Mateus já teve várias... A do "Carros", a do "Nemo", a do "Monstros S.A.", a dos "Incríveis", a do "Lilo & Stitch", dentre muitos outros desenhos, sem falar nos musicais (Xuxa, Patati Patatá, Cocoricó...).
Quando o Mateus nasceu, uma amiga me falou pra não deixá-lo na frente da TV, que não é bom, que o bom mesmo é se exercitar, aquelas coisas de vida saudável e estimulação que a gente escuta falar sempre. Pra falar a verdade, eu concordava com ela, até ter que tive voltar a trabalhar e ver o tempo escapar pelas minhas mãos, com tanto a fazer... Quem foi que me ajudou? A TV!!! O Mateus assistia a desenhos educativos, claro, além de musicais. Os desenhos da TV Cultura são ótimos, ensinam desde cores até inglês (você já assistiu a "Dora, a aventureira"?). Fora isso, também ajudam no desenvolvimento da linguagem e percepção visual (você conhece os DVDs do Baby Einstein?)
Claro que o que eu escrevo aqui são conclusões de mãe, nada científico. Rsrsrsrs Cada um tem que avaliar o que é melhor para si. Para mim, sozinha no apartamento com um bebê de cinco meses e um monte de serviço pra fazer, foi bom. Mas desenvolveu no meu filho mais do que distração... Rsrsrsrs Um dia brinquei que ele tinha uma babá ótima, a Xuxa, na televisão... Aprendia cores, números, ritmo... Quando ele começou a falar, já saiu cantando as músicas que ouvia desde cedo. Ele só precisava aprender a falar para poder cantá-las.
Hoje o Mateus é um garoto muito esperto. Na reunião da escolinha, a professora me falou que tudo o que eles vão aprender, o Mateus associa a alguma música que ele conhece. Graças a Deus, só recebo elogios a respeito dele...
Bem, é claro que a gente também valoriza a atividade física e a boa alimentação. Cada coisa a seu tempo... Na hora de comer, comer. Na hora de brincar, brincar, jogar bola, andar de bicicleta e até mesmo caminhar. Na hora de acalmar, desenho.
Não tenham medo da televisão. Como tudo na vida, é só usá-la com moderação! Escolher bem desenhos e programas. E ao Ricardo, um recado: calma, logo, logo você vai conhecer todos esses personagens fantásticos também, e se divertir muito com eles! Hahaha...
A tempo: "Carros" e "Monstros S.A." são meus filmes preferidos!!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Paciência...


 
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
A vida não para...
 
Enquanto o tempo acelera e pede pressa,
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa,
A vida não para...
 
Enquanto todo mundo espera a cura do mal,
e a loucura finge que isso tudo é normal,
Eu finjo ter paciência...
 
O mundo vai girando cada vez mais veloz,
A gente espera do mundo,
O mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
 
Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara... tão rara...
 
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
Eu sei, a vida não para...
A vida não para, não...
 
(Lenine - Paciência)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mãe desnecessária

O texto a seguir foi publicado na Revista Cláudia de Maio de 2008. Palavras da diretora de redação, Marcia Neder. Grifos meus.

"A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha. Até agora. Agora que minha filha adolescente, aos quase 18 anos, começa a dar voos-solo. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha interna hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a supermãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar o que significa isso. Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical, como bem resumiu a psicóloga e educadora Lidia Aratangy no artigo 'Maternidade, liberdade, solidariedade', uma das reportagens do especial 'Mãe-maravilha', desta edição. A cada nova fase, uma nova perda e um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não para de se transformar ao longo da vida.
Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser 'desnecessários', nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar."


É isso aí... Aqui fica a dica e a reflexão... Na foto, meu pequeno fazendo arte. Situação para a qual eu sei que sou desnecessária... Rsrsrsrsrs... Super beijo!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Como parar o tempo?



De todas as minhas incapacidades, a que mais me dói, a que mais me frustra é a de não poder parar o tempo...
Não poder congelar sua imagem assim, inocente, feliz, satisfeita...
Suas risadas, as palavras faladas erradas, os passos rápidos pela casa, como quem não pode perder tempo. O carinho de suas mãos afagando meus cabelos, seu sorriso ao nos ver chegar.
Ah, meu filho, você não imagina como eu queria ser onipresente, ver tudo o que você faz. Não para te vigiar, mas para me encher de você, de sua inteligência, de seu carisma, de sua alegria!
Você está crescendo, e como diz minha amiga Denise, "filhos criam asas e raízes"...
Que suas asas tenham uma envergadura enorme, para que você seja capaz de alçar belos e grandiosos voos... Mas que suas raízes sejam também muito profundas, que você sempre se lembre de casa, dos seus pais e das pessoas que tanto te amam...

Você é especial, e todas as palavras do mundo não podem descrever o tamanho do amor que sinto por você!!!

Vai, meu filho, vai crescer... O mundo te espera de braços abertos...

Declaração de amor...


Meu pequeno é a coisa mais linda do mundo...
Dormindo com os pés "pelados" para fora do lençol, me faz desejar ficar ali, olhando... e beijar, beijar, beijar... Adoro seus pezinhos, suas mãos pequenas, macias e ágeis (como são!), o desenho de seu rosto, seu cabelinho de milho.
Deus o fez perfeito, e como Lhe sou grata por isso! Por causa dele eu quero me fazer melhor, quero ser uma pessoa melhor. Porque ele existe na minha vida, eu me arrependo de coisas que faço, eu peço perdão a Deus, eu tento me corrigir. E isso não é fácil.
Meu filho, meu "Pequeno Príncipe", você é o que há de melhor em mim, você é meu espelho, minha metade... E eu te amo muito!
Com certeza, o mundo é um lugar melhor pelo simples fato de você existir perto de mim...

sábado, 5 de setembro de 2009

Outro sentido...

Viver a maternidade é uma experiência única, que não pode ser explicada... Só pode ser sentida... Meu filho Mateus é a melhor parte do que há em mim, e é dele que vem minha inspiração...





Quando o amor nasce dentro da gente,
Assim, num instante, de repente,
Tudo muda de intenção...

E então,
Até mesmo bolhas de sabão
Subindo pra imensidão
Parecem ter outro sentido...

Borboleta vermelha na flor,
Passeio pelo quintal,
Tudo com você tem outra cor...

Tudo pra você é primeiro,
Troco até de travesseiro.
E você se aconchega e dorme,
Sentindo o meu mãe-cheiro.

domingo, 17 de maio de 2009

No coração do brasileiro mora...

Há seis anos, por ocasião de uma promoção da revista Bons Fluidos, escrevi o seguinte texto, cujo tema era: "No coração do brasileiro mora...". Recebi um e-mail da edição, dizendo que meu texto havia sido selecionado para as "finais", mas infelizmente não foi publicado. Divido-o, agora, com vocês.

No coração do brasileiro mora o verde, o amarelo, o azul e o branco. Mora também o vermelho, o negro e o pardo, e também todas as matizes do arco-íris de um povo que não cansa de acolher...
No coração do brasileiro mora a força, a garra, a persistência e a fé de que um dia tudo vai melhorar.
Mora lá também o amor por um país que é lindo, generoso, que acolhe e que fala todas as línguas, sem saber falar nenhuma delas... E mora, também, no coração do brasileiro, o carnaval, a dança, a alegria e a energia de um povo que é luz, que reflete vida e felicidade.
No coração do brasileiro também mora a miséria, a tristeza, a mágoa... Mas junto de tudo isso há uma coisa que vem de não sei onde, que contagia e que faz esquecer até o sofrimento.
No coração do brasileiro mora um Deus. Um Deus tão maravilhoso e tão grande que aqui pode ter tantos Nomes quantos for preciso, porque aqui não há guerra por causa deles...
E no coração do brasileiro mora um Hino maravilhoso, que só faz falar bem do nosso país e da nossa Natureza... Um Hino que diz que o nosso futuro "(...) espelha essa grandeza. Terra adorada!!! Entre outras mil, és tu, Brasil, ó pátria amada (...)"

É por isso que eu amo este País. E posso dizer que no coração desta brasileira aqui mora o Brasil... Este País que sabe que um brasileiro não foge à luta e tudo aguenta porque tem um coração do tamanho dele: onde cabe tanta coisa que não pode deixar de amar tudo o que guarda!

domingo, 10 de maio de 2009

Teu cheiro

Outro para o Leandro, de 10/10/2000.

"Teu cheiro me entontece,
me enlouquece, embriaga...
Me afaga, me afoga, me sufoca...

Teu cheiro me faz maluca,
me dá água na boca,
quase me deixa louca...

Teu cheiro me faz recordar,
Me faz acordar, faz adormecer.

Teu cheiro quase me mata,
teu cheiro me faz viver."

Nossos sonhos

Este poema eu escrevi para o amor da minha vida, Leandro, em 29/09/2000.

"Quero me deitar nos sonhos lindos
Que você sonhou pra nós.
Quero descansar sobre eles
E me embriagar com os beijos
Que você tem pra me dar.

Quero te pegar no colo
E te abraçar tanto e tanto
Que te faça adormecer...

Então afagarei os teus cabelos,
Sussurrarei nos teus ouvidos,
Passearei pelo teu corpo
E nós estaremos envolvidos pelos teus sonhos,
Que estarão ficando mais belos
Porque estarão se tornando reais!

E nesse mar de sonhos lindos
Viveremos para sempre
Até que todos se tornem reais!"

terça-feira, 5 de maio de 2009

Mateus

No silêncio desta sala,
meu pensamento viaja.
Voo pra longe daqui
e num instante chego em casa.

Sinto você no meu colo,
Anjo de Luz que Deus me mandou.
Uma enorme paz me invade
- foi a saudade que me chamou.

Vejo seus olhos, azuis como o céu,
e sua boquinha, sorriso lindo.
E essa pele macia, que eu amo,
sinto seu cheirinho, continuo indo...

Você é minha alegria!
Minha luz, presente de Deus.
Meu anjo lindo, amor da minha vida,
Falo de você, meu filho Mateus!